
No início do mês, Bolsonaro pediu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes a devolução do passaporte para viajar aos EUA e participar da posse. O ex-presidente diz ter sido convidado para a cerimônia.
O ministro, contudo, negou a devolução do passaporte e não autorizou a ida do ex-presidente ao evento. Dessa forma, Bolsonaro decidiu enviar Michelle para representá-lo.
No sábado (18), ao levá-la ao aeroporto para a viagem, Bolsonaro reclamou da decisão de Moraes.
“Estou chateado, estou abalado ainda. Eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. Essa pessoa [em referência a Moraes] decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele e mais ninguém. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo. Quando quer ignora o Ministério Público, faz o que bem entende. O objetivo é eliminar a direita do Brasil”, afirmou em conversa com jornalistas.
O ex-presidente também criticou o fato de não poder deixar o país mesmo sem ter condenação na Justiça.
“Sou investigado desde 2019, naquele fatídico inquérito das fake news, que está completando seis anos. Há dois anos aconteceu o 8 de Janeiro, e até hoje não sabem quem liderou a tentativa de golpe, segundo eles. Que golpe foi esse?”, disse o ex-presidente.